És avó, és mãe, és a vida.
Desde que nasci que tu me amas-te, como se eu fosse a tua filha, criaste-me e educaste-me.
Foste a minha segunda mãe, sempre! Estives-te lá quando sempre precisei, ajudaste-me em tudo, bons, maus, péssimos momentos, tu lá estavas.
Era doente e tu tratavas de mim, queria uma coisa e tu davas-me, ou seja, estragavas-me.
Adorava ir para o teu quintal brincar em cima daquela simples mesa de pedra, sempre que te perguntava quando ias arranjar a cozinha velha, tu respondias-me “para o próximo mês, filha” e até hoje ela está tal igual. As mesmas panelas, as mesmas flores, o mesmo tanque naquela casa tão pequenina.
Nem sabes como adorava ir para o sótão, prestes a cair, como tu dizias, brincar com aquela boneca de pano que tu tanto guardavas com carinho.
Levavas-me a lanchar ao café, eu comia sempre uma delícia de chocolate.
Quando eu queria levavas-me o lanche ao colégio, eras a única que o fazias, e ainda o fazes quando vais a minha casa.
Nos dias de hoje já cresci, já aprendi muito contigo, mas continuas a mesma. A dar raspanetes quando preciso, a educar-me a acariciar-me quando preciso de mimos, a ter saudades minhas e a abraçar-me!
Sempre que posso, lá estou eu a visitar-te e nem que seja só para me dizeres que estás bem, preciso mesmo de te ouvir dizer “Estou bem, Lipa”.
E agora eu prometo-te, que posso ter 30 anos e ainda vou estar na tua casa a visitar-te.
Amo-te, Vó <3
Cláudia Rodrigues