Mãe, sempre te vi como a minha heroína, sempre vi em ti o meu futuro. Sempre desejei ser igual a ti, e sempre fiz de tudo para o ser.
Agora percebo que não, porque tu és tu e por muito que eu queira ser igual, serei diferente. Mesmo com todos os teus conselhos de mãe, mesmo com os teus avisos de mãe, eu serei diferente, eu sei que serei outra mãe, mas não como tu.
E sinceramente tenho um certo receio de ser mãe, de um dia não conseguir dar aos meus filhos o que tu sempre me deste, tenho medo de errar com eles como tu nunca erraste para comigo.
Agora que tenho 18 anos, sei que no fundo tu te orgulhas de mim, apesar de já te ter matado muitas vezes, mas tu sempre renasceste para mim. Tu sempre me deste a mão para eu me apoiar, tu sempre me deste um sorriso de satisfação, tu nunca me deixaste chorar sozinha, porque sempre choraste comigo. E o mais importante, tu sempre me deste amor como ninguém me deu.
Lembro-me perfeitamente, quando eu era uma criança, nos anos em que eu mais precisava de ti, tu estavas sempre lá, tu não me deixavas sozinha um único segundo.
Tu foste o meu pilar durante estes anos todos. Foste aquela que apesar de todas as asneiras cometidas, nunca me abandonaste. Por mais magoada que estivesses, nunca me negaste um abraço ou um carinho na cabeça.
Na adolescência, sim, foi quando sofreste mais. Eu sei. Mas, acho que todas as mães sofrem quando tem os filhos na adolescência. Foi quando eu errei, e quando te matei mais vezes, mas agora sei que se pudesse voltar atrás, não te matava nem metade das vezes. E sei, que corria o perigo de tu nunca mais renasceres, mas renasceste sempre.
Agora, faço de tudo para te ver bem, faço de tudo para ver um sorriso na tua cara, faço de tudo para receber um abraço ou um beijo sem ter que te pedir.
Um grande obrigado, por seres a guerreira que és, e um grande obrigado por me transformares a mim numa guerreira também.
És o melhor de mim, e quero-te sempre comigo. Amo-te
