Quando iniciamos o ciclo da vida, vamo-nos apercebendo ao passar do tempo que existem obstáculos difíceis de ultrapassar, embora nunca impossíveis; e que há fases na vida bastante complicadas e que por vezes nos vamos sentir tão confusos que só nos vai apetecer deitarmo-nos na cama e ficar com a nossa melhor conselheira – a almofada.
Vamos também apercebermo-nos que há certas atitudes que vamos tomar a certas tristezas que vamos ter que, passado um tempo vamos achar uma parvoíce, mas, naquela altura era o nosso maior problema.
Mas, infelizmente, existem os problemas sérios e todos eles nos põem a pensar. Com eles ficamos com um enorme aperto no coração, com eles ficamos noites sem dormir, com eles choramos horas sem fim, com eles vivemos o nosso dia-a-dia. E sempre com a mesma pergunta “O que hei-de eu fazer? Hei-de perdoar? Hei-de lutar? Hei-de castigar?”.
Agora respondendo, castigar para quê? Para que o outro se sinta mal? Se o outro gostar de nós, irá castigar-se por ele próprio com os erros que comete, e não somos nós que precisamos de o castigar porque ele mentalmente irá estar a fazê-lo. Perdoar! O perdão é uma coisa que, uma pessoa que gosta muito, poucas vezes irá pedir ou precisar. O perdão, para mim, é quando se erra de verdade, “não é uma simples chatisse”, mas sim quando se fere de verdade alguém. É mesmo quando desiludimos ou magoamos de tal maneira essa pessoa, que o sentimento não é o de chateado, mas sim o de tristeza ou desilusão. Lutar… nunca devemos para de lutar, mesmo que aos olhos dos outros não valha a pena. Mas, se para nós vale, lutamos. Lutamos até não aguentarmos mais, lutamos até o outro dizer “chega!”. Não, não nos devemos rebaixar, mas lutar não é rebaixar, lutar é provar ao outro o que sente, lutar é dar uma oportunidade a ambos.
É a isto que se chama “a luta no coração”, é quando estamos indecisos perante aquela situação, e quando já não conseguimos pensar em mais nenhum outro assunto a não ser naquele.
E no fim, quando tudo estiver bem, pensamos “
alimentei a luta e o perdão e agora… agora sou o que me dão”.Cláudia Rodrigues